Mistério da Baía dos Tubarões
Matheus só pensava em fugir, não conseguia viver ao lado do seu amor, que não dava a mínima pra ele...
- Preciso ir embora, vou passar um tempo na lancha do meu pai, quer ir comigo Lucas?
- Cara, muito cuidado, eu não quero ir junto.
- Ok, você que sabe, vai se arrepender!
- Acho que não cara...
- Até mais Lucas, estou indo!
Matheus correu ao barco, para fugir daquele lugar miserável aonde já tinha passado tantas desilusões.
Ele tinha finalmente chegado ao barco, ligou o motor e tirou a cordinha, indo embora dali, o mais rápido possível...
- Essa viagem vai ser o máximo! Vou aproveitar cada momento, mas agora vou a Ilha, para pegar combustível!
Mal sabia que a lancha não tinha combustível, e já era tarde de mais, Matheus já tinha chegado na Baía dos Tubarões.
- E agora? Devo ligar pra alguém...
Mas cadê o celular?Matheus tinha esquecido, estava com pressa para chegar ao barco, ele estava sozinho e perdido em alto mar...
- Sorte do Lucas não ter vindo... Espera ai... Sorte até demais...
Matheus desconfiou que Lucas tivesse sabotado a Lancha, o pai de Matheus nunca esquece de por combustível...
- Aquele desgraçado! Ele tinha ciúmes da Sthefany, eu tenho certeza, agora ele ta sozinho com ela! Que Raiva!
De fato, Lucas estava sozinho com Sthefany, aproveitando cada momento, como diria seu amigo Matheus...
- Não é demais só eu e você aqui, sem Matheus?
- Não fala assim, ele é meu amigo, e seu também, eu acho...
- Claro que é, mas eu prefiro você ao invés dele!
- Legal, bom saber que você gosta de mim!
- É... Mas cadê o Matheus agora?
- Boa pergunta Lucas, ele disse que ia passear de barco, mas ainda não deu notícia nenhuma!
- Não tem problema, daqui a pouco ele liga!
- Socorro, Socorro, gritava Matheus, mas obviamente ninguém ouvia...
- Estou preso no meio do mar, cercado de tubarões, vou morrer!
Matheus sabia que sua hora chegaria, podia ser de fome, de tédio ou de frio, começara chover na Baía dos Tubarões
- Ai meu Deus, está chovendo, frio e eu estou com muita fome, aliás, esses tubarões também devem estar!
Ninguém passava pela Baía dos Tubarões, mesmo pelo fato de ser o caminho mais curto, e mais perigoso!
Matheus avistara no horizonte um barco de madeira, gritava para o dono do barco ouvir!
- Socorro, me ajuda, estou com fome e frio!
O Barco de madeira vinha na direção de Matheus, era uma ótima notícia... Ou não...
Enquanto mais o Barco de Madeira chegava perto, mais Matheus se assustava, junto com o barco vinha uma neblina muito estranha...
- Graças a Deus alguém me ajudou! Qual o seu nome Senhor?
Dentro do barco ninguém respondia, apenas desceu uma escada, por causa da diferença de tamanho entre as embarcações.
Matheus ficou com medo de subir na escada, mas seu espírito de aventureiro floresceu e ele subiu!
- Olá? Tem alguém aí?
- Meu nome é Matheus, eu preciso de uma carona, você pode me ajudar?
- Claro!
Uma voz sombria e assustadora respondeu...
- Quem é você? Onde você está?
- Aqui na sala do capitão, entre meu bom rapaz!
Matheus estava com muito medo, mas apesar de tudo, entrou na sala. Quando abriu a porta Matheus ficou branco...
- Oi? Qual seu nome?
- Olá Matheus, eu sou Barba Branca, você quer ajuda não é?
Matheus estava louco para dizer que sim, mas sua curiosidade o venceu...
- Primeiro me responda Senhor Barba Branca, O que é esse pote verde? Eu levei um susto quando abri a porta!
- Não é nada rapaz, são apenas almas!
- Você quis dizer armas, Senhor?
- Não Matheus, almas mesmo!
- Como assim?! Você as rouba?
- Claro que não, é apenas uma troca!
- Que tipo de troca?
- Eu te dou carona, e você sua alma!
Matheus ficou sem palavras, estava com muito medo de continuar a conversa, mas Barba Branca insistiu...
- E Então Matheus, Sim ou Não?
- Eu tenho escolha?
- Claro... Ou você fica pra sempre aqui com sua maldita alma, ou me dê ela e eu te levarei para a cidade!
- Ok... Como você vai pegá-la?
- Assim...
- Lucas, estou me sentindo tão mal, acho que o Matheus está em perigo!
- Calma Sthefany, ele está bem, eu tenho certeza!
- Ok então... Se ele não ligar nos próximos 20 minutos vamos atrás dele!
- Ok, você que sabe!
- Senhor Barba Branca, não vai pegar a minha alma?
- Calma... Antes eu tenho uma proposta...
-Diga Senhor!
- Você me acompanha nas minhas viagens e eu não retiro sua alma, basta você ser meu tripulante, para toda a eternidade!
- Ok! Eu concordo, serei seu tripulante!
- Legal, mas antes você precisa saber de algumas verdades...
- Diga Senhor!
- Primeira verdade: Era tudo mentira!
- Como assim? Tudo o que?
- Você concordou em ser meu tripulante para toda a eternidade, agora é impossível você sair desse barco!
- Isso eu sabia, sou seu tripulante, mais alguma coisa?
- Claro, você vai ser meu tripulante fantasma, ou seja, sem alma!
Barba Branca ficou com olho vermelho e com a aparência de um fantasma, não um fantasminha de lençol, um fantasma assustador com garras gigantes e correntes nos pés, Matheus tentou fugir, mas Barba Branca ficou invisível e apareceu na frente de Matheus enfiando suas garras no corpo dele, quando Matheus começou a gritar de dor, Barba Branca retirou suas garras com um vulto verde nelas, a alma de Matheus era do capitão da embarcação 656.
- Sthefany, tem certeza disso? Vai ser perigoso!
- Sim, nós devemos salvar o Matheus, ele ta em apuros!
- Então vamos antes que fique muito escuro!
- Lucas, você ta vendo aquela neblina?
- Estou, você acha que Matheus está lá?
- Só há um jeito de descobrir!
- Então vamos logo...
Quando Lucas e Sthefany chegaram na neblina se depararam com a lancha de Matheus abandonada cercada de perigosos Tubarões Brancos, e lá no horizonte um barco de madeira com os números 656.
- Lucas, aquele barco! Vamos seguir!
Mal sabia Sthefany que estava seguindo a criatura mais assustadora dos mares.
- Olha Matheus, aquele barco está nos seguindo!
- O que devo fazer senhor?
- Atire neles!
- Sim Senhor!
Matheus percebeu que eram seus amigos, mais viu Lucas, e como tinha achado que foi o ele que sabotou, Matheus atirou em direção a Lucas, ele desviou, mas a lancha estava furada, Sthefany e Lucas estavam prestes a ser engolidos por tubarões...
- São meus amigos... O que foi que eu fiz?
- Socorro!Socorro!
Matheus decidiu que não podia ver seus amigos daquele jeito, mas não tinha o que fazer, além de estar preso naquele barco, os dois amigos não tinha para onde fugir, era o fim...
- Sthefany, olhe é um barco da guarda costeira! Estamos Salvos!
- Graças a Deus...
Matheus tinha percebido que os amigos estavam salvos, mas ele continuara preso na embarcação 656.
- Capitão, vem ver, aquela lancha escapou!
- Estou indo ai ver!
Barba Branca se pendurou na ponta do barco e disse que não estava vendo nenhuma lancha.
- Então olhe mais de perto, velhote!
Matheus empurrou o fantasma para o mar e correu na sala do capitão pegar sua alma...
- Droga, cadê o pote?
- Achei! Volta pro papai alminha querida!
Matheus estava com sua alma na mão, mas não sabia como ia colocar sua alma no corpo...
Matheus conseguiu, sua alma voltou.
- Obrigado Rei Gabriel!
- Sempre quiser Matheus!
Matheus estava com sua alma de volta, mas como ia fugir do barco? Resolveu sair da sala do capitão e ver Barba Branca...
- Bonito rapaz...
A voz de Barba Branca gelava Matheus, que sentia calafrios, quando ele virou, lá estava Sthefany, Lucas e um policial, da guarda costeira.
- Os solte Barba Branca!
- Claro... Vou ter o prazer de arrancar a alma de cada um e começar minha coleção de volta, que você arruinou!
Matheus pediu pra Barba Branca polpar seu amigos e pegar a alma dele.
- Matheus, o que você ta fazendo?
- Matheus, o que você ta fazendo?
- Te salvando Lucas!
Barba Branca liberou os dois amigos e o policial que se despediram do seu grande amigo...
- Adeus Matheus, sua atitude é muito nobre, vou sentir sua falta!
- Chega disso!
Barba Branca estava irritado, expulsou os dois da embarcação 656 e tirou novamente a alma de Matheus, na frente de seus amigos...
Matheus percebia que Barba Branca trazia um saco, ele ficou com medo, e no fundo ouvia um som...
-Matheus, Matheus acorda, ta na hora da escola!
A Dona Helena gritava, Matheus percebia que tudo isso não se passava de um sonho...
Gostaram? Ficaram com medo?
Matheus Ayres
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